O Gaiteiro
[Essa versão está bastante datada (11/23) e permanece aqui somente para arquivo. O trabalho foi reescrito e virá de conjunto a um novo projeto.] Acabava de sair da casa de um amigo tarde da noite, pois não queria que fosse embora antes da chuva passar. Falamos nossos adeus e me observou descer a rua me guardando com o olhar. Chegando na esquina tinha duas opções: ir para casa explicar meu desaparecimento, ou vadiar pelas ruas escuras e molhadas da cidade. Decidi aumentar a preocupação de mamãe que certamente esperava acordada, e fui caminhar para ainda mais longe do lar. Sempre adorei os bairros de classe média alta, cheios de casas largas com flores, decorações em cerâmica e pintura da cor mais destacável possível em cada uma. Sempre tinha asfalto e calçadas rachadas e campainhas para tocar e correr. O comércio local se dividindo entre bares para os mais pobres, outros para os mais ricos, floriculturas e lanchonetes das mais diversas. A salgateria do tio D. vendia as melhores coxi